Petróleo da OPEP atinge valor mais baixo desde maio de 2003
13.01.2016 11h38
O petróleo de referência da OPEP cotou-se na terça-feira a 25,76 dólares, menos 5% do que na véspera e o valor mais baixo desde meados de maio de 2003, informou hoje em Viena a organização.

© Carlos Garcia Rawlins / Reuters (Arquivo)
Com esta nova depreciação, a cotação do petróleo da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) acumula uma perda de 19% em relação princípio deste ano (12 dias).
Os preços do grupo petrolífero referem-se ao barril de referência da OPEP, que se baseia numa mistura de 12 qualidades de petróleo dos Estados-membros da OPEP e é um valor nominal, ou seja, não inclui a inflação.
A sugestão na terça-feira do ministro do Petróleo da Nigéria, Emmanuel Ibe Kachikwu, de que o grupo realizará em breve uma reunião extraordinária para decidir medidas que travem a queda do preço foi descartada rapidamente pelo homólogo dos Emirados Árabes Unidos, Suhail Al-Mazrouei.
Esta recusa mostra a divisão no seio da OPEP e a dificuldade desta de alcançar um acordo sobre uma política conjunta que reduza o excesso de oferta de petróleo no mercado que há mais de um ano tem empurrado para baixo os preços.
O conflito diplomático entre a Arábia Saudita e o Irão, ambos sócios fundadores da OPEP mas tradicionalmente em confrontos como poderes regionais, torna ainda mais difícil aquele entendimento.
As últimas previsões da OPEP apontam para que o preço do barril de petróleo comece a recuperar este ano, depois da brutal queda de 2015 para os níveis mais baixos da última década, e suba até aos 80 dólares em 2020 e os 160 dólares em 2040.
Este cálculo da OPEP consta no relatório Previsões Mundiais do Petróleo 2015 e foi feito com base numa estimativa de que a economia mundial cresça entre 3,5% e 3,7% no período entre 2016 e 2020 e entre 3,6% e 3,3% nas duas décadas seguintes.
A queda dos preços do petróleo agudizou-se desde o princípio de dezembro de 2015, depois dos ministros da OPEP não terem conseguido chegar a um acordo em relação a um 'plafond' conjunto de produção, apesar do excesso de oferta no mercado.
Este excesso de oferta de petróleo ocorreu numa altura em que os países emergentes, especialmente a China, reduziram as estimativas de crescimento económico e de consumo de energia.
Neste contexto, analistas de alguns bancos de investimento, como o Goldman Sachs, não afastam a hipótese de que a atual tendência possa afundar a cotação do petróleo até aos 20 dólares.
Lusa
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