Início da campanha eleitoral para desbloquear impasse em Espanha
10.06.2016 11h52
A campanha eleitoral arrancou hoje em Espanha para desbloquear o impasse criado nas eleições de há seis meses com polarização entre o PP à direita e o Unidos Podemos à esquerda, que ultrapassou o PSOE nas intenções de voto.

© Susana Vera / Reuters
Os quatro principais candidatos a ocupar o lugar de presidente do governo iniciaram a campanha oficial para as eleições legislativas de 26 de junho na capital do país vizinho, Madrid, tentando convencer os espanhóis, desiludidos com a situação atual, que vão conseguir criar as condições para se encontrar uma solução governativa.
Mariano Rajoy, presidente do governo de gestão e líder do PP (Partido Popular), com 29,2 por cento de intenções de votos indicados numa sondagem publicada na quinta-feira, afirmou que o voto no seu partido é o mais "seguro" porque vai permitir um executivo "sério e estável", mas os eleitores estão descontentes com uma série de casos de corrupção nas fileiras deste partido.
Pedro Sánchez, que lidera do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), afirmou que "o futuro não está escrito, depende do nosso trabalho e escreve-se com o poder dos votos", ao mesmo tempoque minimizava a sondagem do Centro de Investigações Sociológicas (CIS) que dá 21,2% dos votos para os socialistas, que seriam, assim, ultrapassados pela aliança Unidos Podemos, com 25,7%.
Pablo Iglesias, à frente da coligação Unidos Podemos, que reúne o Podemos (da Esquerda radical, formados há menos de dois anos na sequência de manifestações populares) e a Esquerda Unida (formação que integra os comunistas tradicionais), afirma agora que pretende ocupar o espaço de uma "nova social-democracia" e que está convencido de que vai "ficar à frente do PP".
Albert Rivera dos Ciudadanos (centristas), com 14,6% de intenções de voto, coloca o acento tónico na luta contra a corrupção e promete "uma mudança para melhor".
A polarização do debate imposta pelo PP e Unidos Podemos coloca o PSOE, que conjuntamente com o PP tem alternado à frente do governo espanhol nos últimos 40 anos, na situação difícil de ter de lutar para não se tornar irrelevante na paisagem política do país vizinho.
A campanha eleitoral também será condicionada pelos avisos constante do PP contra os perigos de desestabilização que poderia ser provocada por um possível governo apoiado numa coligação entre o PSOE e o Unidos Podemos.
Na próxima segunda-feira haverá o único debate televisivo previsto entre os líderes dos quatro maiores partidos.
A Espanha está a ser governada por um executivo de gestão, com poderes limitados, desde 20 de dezembro passado, dia em que se realizaram as últimas eleições gerais e que não permitiram encontrar uma solução governativa.
Lusa
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