Clima desanuvia perante possível acordo para a Grécia "no fim desta semana"
23.06.2015 06h51
A cimeira extraordinária que reuniu chefes de Estado e de Governo da zona euro, em Bruxelas, terminou na segunda-feira sem acordo, mas ficou marcada por algum otimismo quanto a um possível acordo até ao final da semana.

© Yves Herman / Reuters
No final do encontro, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, revelou que o Eurogrupo vai avaliar os progressos sobre o plano da Grécia numa reunião, na próxima quarta-feira.
Espera-se que seja alcançado um resultado que possa ser apresentado ao Conselho Europeu ainda esta semana, afirmou, por seu turno, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
Já a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que a questão do alívio da dívida grega "não é a mais urgente" neste momento, uma vez que o país apenas tem de devolver os créditos à zona euro "dentro de muitos anos".
Por seu lado, o presidente francês, François Hollande, considerou que a Grécia e os credores estão no caminho certo para alcançarem um acordo.
O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, assegurou, no final do Conselho Europeu extraordinário, que não se conforma com uma solução parcial nas negociações que decorrem com os credores do país e que pretende "uma solução global".
Na tarde de segunda-feira, e já depois de uma reunião dos responsáveis europeus que terminou sem consenso, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, falou na possibilidade de se chegar a um acordo com a Grécia "no fim desta semana" depois de, na reunião desse dia, os ministros das Finanças terem feito uma primeira avaliação das novas propostas gregas.
Animada pela perspetiva de um acordo, a Bolsa de Atenas disparou e fechou com uma subida de 9% e com os juros da dívida a caírem.
Antes da cimeira de emergência, houve uma reunião extraordinária do Eurogrupo de cerca de uma hora, em que se discutiram vagamente as propostas gregas que chegaram na madrugada e na manhã de segunda-feira.
Da informação já conhecida, o Governo do partido de esquerda Syriza admite alterar o imposto sobre o consumo (IVA) sobre alguns alimentos ou hotéis para aumentar as receitas fiscais, mas recusa a subida em 10 pontos percentuais no IVA sobre a eletricidade.
Nas pensões, admite o fim das reformas antecipadas no próximo ano, mas os credores querem muito mais, caso de um corte das pensões que represente uma poupança de 1.800 milhões de euros em 2016 (ou 1% do PIB grego).
A questão chave para o executivo grego passa ainda pela aceitação por parte dos credores de uma solução para a dívida pública, que equivale a 180% da riqueza produzida por ano no país.
Nos próximos dias, a 'troika' - Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional (FMI) - vai avaliar de modo mais aprofundado as medidas apresentadas com vista a um entendimento.
Há cinco meses que se arrasta o processo de negociações entre Atenas e os credores quanto às reformas a adotar pelo país, sem o qual os parceiros europeus e os credores não libertam a última parcela do programa de resgate, de 7,2 mil milhões de euros.
Se não receber esse dinheiro, ou pelo menos parte dele, a Grécia - que está a poucos dias de ter de pagar os 1,6 mil milhões de euros ao FMI, a 30 de junho, - ficaria muito próxima do 'default' (incumprimento) e aumenta o risco de uma saída da zona euro (o denominado 'Grexit').
Também na segunda-feira, os governadores do BCE reuniram-se em Frankfurt para avaliar novamente a liquidez do setor bancário grego, depois da fuga de depósitos da semana passada de mais de 3.000 milhões de euros e quando os pedidos de retirada de depósitos para esta segunda-feira ascenderam a 1.000 milhões de euros.
A instituição liderada por Draghi voltou a elevar a liquidez de urgência aos bancos gregos, admitindo que os governadores da instituição poderão voltar a fazê-lo "a todo o momento", se for necessário, em função do resultado das negociações em curso em Bruxelas entre o executivo de Atenas e os seus credores internacionais.
Lusa
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