ONU exige proteção de hospitais em zonas de guerra
03.05.2016 17h36
O Conselho de Segurança da ONU aprovou hoje por unanimidade uma resolução que reitera o imperativo de proteger hospitais e médicos em zonas de guerra, na sequência de vários ataques a pessoal médico em conflitos armados.

© Abdalrhman Ismail / Reuters
Na resolução, o órgão máximo das Nações Unidas evoca as normas internacionais que protegem os serviços de saúde nas guerras e a responsabilidade de todas as partes de as cumprir.
O texto foi aprovado depois de ataques a hospitais na Síria, no Iémen ou no Afeganistão e sublinha que tais ataques podem constituir crimes de guerra.
A resolução foi apresentada por quatro membros não-permanentes do Conselho de Segurança -- Egito, que preside ao órgão em maio, Espanha, Nova Zelândia e Uruguai.
"Uma das razões para ser adotada é a multiplicação dos ataques contra hospitais na Síria", disse à imprensa o embaixador de França, François Delattre.
A resolução, acrescentou, vai "permitir lutar contra a impunidade face aos horrores de que são vítimas os hospitais e o pessoal médico nos conflitos armados".
Entre os incidentes recentes figuram o bombardeamento na semana passada de um hospital em Alepo, nordeste da Síria, que fez 25 mortos, e o bombardeamento há seis meses de um hospital do norte do Afeganistão, que fez 42 mortos.
A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) informou recentemente que 94 hospitais e clínicas a que dá apoio na Síria e três no Iémen foram atacados nos últimos seis meses.
A resolução, que não refere casos concretos, é a primeira a incidir especificamente sobre ataques a hospitais, apesar de o Conselho de Segurança criticar frequentemente este tipo de ataque em textos mais gerais.
Nela o Conselho "condena com firmeza os atos de violência" contra doentes e feridos, pessoal médico e pessoal humanitário "exclusivamente envolvido em ações médicas", assim como contra os seus meios de transporte e edifícios onde prestam cuidados.
A resolução "exige que todas as partes num conflito armado respeitem plenamente as suas obrigações à luz do direito internacional" e "pede insistentemente" aos beligerantes que "adotem medidas eficazes para prevenir" tais atos e para proteger o pessoal médico e humanitário.
Quando há incidentes, os Estados membros devem realizar investigações rápidas e imparciais e responsabilizar os culpados, acrescenta o texto, que denuncia a "impunidade prevalecente".
O embaixador neo-zelandês, Gerard van Bohemen, explicou que o objetivo é fundamentalmente "continuar a apontar os projetores" para esta realidade, para o que a resolução pede ao secretário-geral da ONU que apresente ao Conselho um relatório anual sobre a aplicação da resolução.
Lusa
Relacionados
-
ONU apela ao cessar-fogo na Síria para evitar sofrimento em massa
O responsável pelas operações humanitárias da ONU pediu hoje aos beligerantes e às potências mundiais a garantirem o cessar-fogo na Síria, de modo a evitar "sofrimentos em massa". O alto comissário da ONU denunciou os ataques contra instalações e pessoal médico, incluindo o bombardeamento de ontem a um hospital em Alepo. Apesar dos progressos registados após a entrada em vigo do cessar-fogo a 27 de fevereiro, tudo pode ficar perdido se os combates e bombardeamentos de civis e de socorristas continuarem. A Agência Reuters criou uma galeria com as fotografias dos últimos ataques à Síria.
-
Situação está a ficar "fora de controlo" na Síria
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, reconheceu hoje que a situação na Síria está a ficar "fora de controlo", ainda que os bombardeamentos das forças do regime em Alepo tenham diminuído de intensidade.
-
Novos ataques aéreos em Alepo
Novos ataques aéreos atingiram hoje a cidade síria de Alepo, numa altura em que o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, está em Genebra para tentar novas negociações entre as partes envolvidas no conflito.
- 1:28
Papa Francisco apela à paz na Síria
O Papa Francisco voltou a apelar á paz na Síria. Após a onda de violência da última semana, sobretudo em Alepo, este foi um domingo mais calmo no conflito sírio.
-
Rússia não pedirá a Damasco que cesse ataques aéreos sobre Alepo
A Rússia não vai pedir a Damasco que cesse os seus bombardeamentos sobre a região de Alepo, o principal campo de batalha da guerra civil na Síria, declarou hoje o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Guennadi Gatilov.
Na Homepage
-
"It's a boy!" Já nasceu o filho de Kate e William
Já nasceu o mais novo membro da família real britânica. É um menino, pesa 3,800 kg e o nome será revelado "em devido tempo".
23.04.2018 às 13h05
- 2:13
Duas equipas de mergulhadores nas buscas pelo pescador desaparecido no rio Minho
23.04.2018 às 13h59
-
Capitalização da CGD eleva défice português para 2.º maior da UE em 2017
23.04.2018 às 11h07
-
-
Presidente angolano exonera embaixador em Lisboa
O Presidente angolano, João Lourenço, exonerou hoje José Marcos Barrica do cargo de embaixador da República de Angola em Portugal, não tendo avançado oficialmente qualquer nome para o suceder.
23.04.2018 às 14h10
- 2:20
Greve na EMEF ameaça suprimir viagens e encerrar linhas no Metro do Porto
23.04.2018 às 14h12
- 1:11
-
Presidente francês inicia hoje visita de Estado aos EUA
Emmanuel Macron, Presidente francês, inicia hoje uma visita de três dias a Washington, onde deverá apelar ao Presidente norte-americano para que mantenha o acordo nuclear iraniano e o envolvimento dos EUA na Síria.
23.04.2018 às 9h45
- 2:30
"O Sporting consegue aliar aos bons resultados, boas exibições"
23.04.2018 às 8h30
-
Pelo menos 20 mortos e 30 feridos em bombardeamento aéreo saudita no Iémen
23.04.2018 às 10h50
- 1:40
- 0:46
Cão parcialmente cego e surdo salva criança na Austrália
Na Austrália, uma história está a emocionar o mundo. Um cão parcialmente cego e surdo salvou, na semana passada, uma criança de 3 anos que estava desaparecida.
22.04.2018 às 16h50
- 3:09
Foi multada porque avisou polícia sobre despejo de lixo na rua
Em Carnaxide, uma mulher apresentou queixa por causa do despejo de monos na rua. Até aqui tudo bem, inclusive quando a polícia dá início ao processo. O problema surge quando a multa é passada a quem se queixou e o caso se arrasta em tribunal.
22.04.2018 às 21h15