Líder da Irmandade Muçulmana no Egito condenado a nova pena de prisão perpétua
30.05.2016 17h14
O guia supremo da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, e outros 35 membros daquele movimento islamita foram condenados no Egito a uma pena de prisão perpétua por incitamento e envolvimento em atos violentos e assassínios, foi hoje divulgado.

© Asmaa Waguih / Reuters
O Tribunal Penal de Ismailiya, cidade a cerca de 140 quilómetros a noroeste da capital egípcia do Cairo, considerou que os acusados eram culpados do crime de incitamento à violência, mas também do envolvimento em ações de violência naquela cidade e do planeamento de uma ocupação armada da representação local do governo.
Estes elementos também foram considerados culpados do assassínio de três civis e da intenção de matar outras 16 pessoas.
Segundo a agência noticiosa egípcia oficial MENA, outros 49 arguidos foram condenados a penas entre os três e os 15 anos de prisão, enquanto outros 20 foram declarados inocentes.
Os acusados foram julgados por acontecimentos ocorridos em Ismailiya após o golpe militar de 03 de julho de 2013 e em plena vaga de protestos populares contra o então Presidente egípcio e membro da Irmandade Muçulmana, Mohamed Morsi.
Depois de assumir o poder político, o exército egípcio lançou uma ofensiva contra o movimento islamita, classificado pelas autoridades como um grupo terrorista, e contra os movimentos políticos de esquerda que participaram na revolução popular de 25 janeiro de 2011, que derrubou o regime de Hosni Mubarak, e nos protestos de 2013 contra a Irmandade Muçulmana.
O guia supremo da Irmandade Muçulmana já tinha sido condenado a duas penas de morte e a uma pena de prisão perpétua.
A primeira condenação à pena capital está relacionada com a fuga de reclusos da prisão de Wadi Natroun durante a revolução de 2011, inserida na chamada Primavera Árabe (vaga de contestação popular que atravessou vários países do norte de África e do Médio Oriente).
A outra condenação está ligada aos acontecimentos que ocorreram na praça de Rabea a 14 de agosto de 2013.
Na altura, as forças de segurança egípcias dispersaram de forma violenta os manifestantes que contestavam o golpe militar e a deposição de Morsi. O guia supremo da Irmandade Muçulmana e outros dirigentes foram então acusados de organizar uma operação para enfrentar as forças de segurança.
A 22 de agosto de 2015, o Tribunal Penal de Port Said condenou o guia supremo do movimento islamita a uma pena de prisão perpétua. Mohamed Badie e outros 18 dirigentes e membros da organização foram considerados culpados de instigar atos de violência em Port Said em agosto de 2013.
lUSA
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