Altice aparece nos Panama Papers mas desmente evasão fiscal
05.04.2016 11h54
O grupo franco-israelita Altice, que em Portugal comprou a PT Portugal e a Cabovisão, recorreu aos serviços de uma sociedade offshore no Panamá entre 2008 e 2014, noticia hoje o Expresso.

O multimilionário Patrick Drahi, dono da Altice, nega evasão fiscal.
Thibault Camus
A citação da Altice no caso "Panama Papers" foi avançada também por vários jornais internacionais e levou já o presidente do grupo, o multimilionário Patrick Drahi, a negar a utilização da sociedade panamiana para fins de evasão fiscal.
Num comunicado enviado à agência France Presse, o grupo Altice garante ter recorrido a uma sociedade sediada no Panamá "em condições perfeitamente legais" e "sem qualquer incidência fiscal".
A Altice "recorreu a uma sociedade panamiana, entre novembro de 2008 e dezembro de 2010, na qual nem Patrick Drahi nem o grupo detiveram, direta ou indiretamente, qualquer participação", sublinha no comunicado.
O grupo internacional Altice conta com 262 filiais e participações em todo o mundo, algumas das quais com sede na Holanda, como a Altice NV, que reúne os ativos de telecomunicações, e outros no Luxemburgo.
A sociedade panamiana "foi utilizada em operações acessórias por razões de estrita confidencialidade e em condições perfeitamente legais, sem qualquer incidência fiscal nem, de perto ou de longe, de evasão, dissimulação ou otimização fiscal", prossegue o texto.
Por outro lado, acrescenta, "as entidades através das quais Patrick Drahi controla as atividades de telecomunicações e de media do grupo Altice são integralmente entidades de direito comunitário".
Patrick Drahi, de nacionalidade franco-israelita, tem residência fiscal na Suíça.
A maior investigação jornalística da história, divulgada na noite de domingo, envolve o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ, na sigla inglesa), com sede em Washington, e destaca os nomes de 140 políticos de todo o mundo, entre eles 12 antigos e atuais líderes mundiais.
A investigação resulta de uma fuga de informação e juntou cerca de 11,5 milhões de documentos ligados a quase quatro décadas de atividade da empresa panamiana Mossack Fonseca, especializada na gestão de capitais e de património, com informações sobre mais de 214 mil empresas "offshore" em mais de 200 países e territórios.
A partir dos Papéis do Panamá (Panama Papers, em inglês) como já são conhecidos, a investigação refere que milhares de empresas foram criadas em "offshores" e paraísos fiscais para centenas de pessoas administrarem o seu património, entre eles rei da Arábia Saudita, elementos próximos do Presidente russo Vladimir Putin, o presidente da UEFA, Michel Platini, e a irmã do rei Juan Carlos e tia do rei Felipe VI de Espanha, Pilar de Borbón.
Com Lusa
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