Caixa negra do avião russo que caiu no Mar Negro mostra que não houve explosão

Viktor Klyushin
29.12.2016 12h34
Uma das caixas negras do avião russo que caiu no Mar Negro, matando as 92 pessoas a bordo, revelam que não houve qualquer explosão a bordo, mas os investigadores não descartam a hipótese de interferência externa, disseram esta quinta-feira as autoridades.
"Depois de decifrar a primeira gravação, concluímos que não houve qualquer explosão a bordo", disse o general da força aérea russa Sergei Bainetov, que lidera a investigação do Ministério da Defesa sobre o acidente.
A gravação contém, no entanto, palavras do piloto a indicar que houve uma "situação especial" que começou a desenrolar-se a bordo do avião, mas não são dadas mais informações sobre o que poderá ter acontecido.
Questionado sobre se as autoridades descartam a hipótese de atentado terrorista, Sergei Bainetov disse que "ainda não foi descartada essa versão", acrescentando que "um ataque terrorista nem sempre envolve uma explosão".
O ministro russo dos Transportes disse esta quinta-feira que os equipamentos do avião estavam a funcionar "anormalmente", mas sublinhou ser ainda cedo para avançar com causas definitivas para o acidente.
"É óbvio que o equipamento estava a funcionar anormalmente. Cabe aos especialistas analisar o que aconteceu", disse o ministro Maxim Sokolov aos jornalistas, acrescentando que as conclusões preliminares provavelmente serão apenas conhecidas em janeiro.
O avião Tupolev Tu-154 despenhou-se no mar no domingo, dois minutos depois de descolar, com boas condições climatéricas, da cidade costeira russa de Sochi.
Transportava os 64 membros do coro Alexandrov Ensemble, mundialmente conhecido como o Coro do Exército Vermelho, para um concerto de ano novo numa base militar russa na Síria.
O Ministério russo da Defesa anunciou já esta quinta-feira que foram recolhidos 19 corpos e mais 230 partes de corpos, bem como 13 grandes partes do avião e mais de dois mil fragmentos mais pequenos, durante as operações de recolha de destroços, que se encontram a 27 metros de profundidade.
A operação de buscas envolveu até agora 3.600 pessoas, incluindo 200 mergulhadores da marinha russa, provenientes de todo o país, que têm sido auxiliadas por drones e submersíveis.
Lusa
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